Monday, October 08, 2007

Texto de la semana: As dimensões ético-políticas e teórico-metodológicas no Serviço Social contemporâneo. Trajetória e desafios.

de Marilda Iamamoto

1. Introdução
Vivemos uma época de regressão de direitos e destruição do legado das conquistas históricas dos trabalhadores, em nome da defesa quase religiosa do mercado e do capital, cujo reino se pretende a personificação da democracia, das liberdades e da civilização. A mistificação inerente ao capital, enquanto relação social alienada, que monopoliza os frutos do trabalho coletivo, obscurece a fonte criadora que anima o processo de acumulação em uma escala exponencial no cenário mundial: o universo do trabalho. Intensifica-se a investida contra a organização coletiva de todos aqueles que, destituídos de propriedade, dependem de um lugar nesse mercado, cada dia mais restrito e seletivo, que lhes permita produzir o equivalente de seus meios de vida. Crescem, com isso, as desigualdades e, com elas, o contingente de destituídos de direitos civis, políticos e sociais. Esse processo é potenciado pelas orientações (neo) liberais, que capturam os Estados nacionais, erigidas, pelos poderes imperialistas, como caminho único para animar o crescimento econômico, cujo ônus recai sobre as grandes maiorias.
Transformações históricas de monta alteraram a face do capitalismo e, em especial, de nossas sociedades na América Latina. Na contra-tendência de um longo período de crise da economia mundial, o capitalismo avançou em sua vocação de internacionalizar a produção e os mercados, requerendo políticas de “ajustes estruturais” por parte dos Estados. Preconizadas pelos países imperiais por intermédio dos organismos multilaterais, essas políticas dão livre curso ao capital especulativo financeiro, destituído de regulamentações e à lucratividade dos grandes conglomerados multinacionais. Um mundo internacionalizado requer um Estado dócil aos influxos neoliberais mas, ao mesmo tempo, forte internamente - ao contrário do que é propalado pelo ideário neoliberal da minimização do Estado - para traduzir essas demandas em políticas nacionais e resistir à oposição e protestos de muitos, comprometendo a soberania das nações.
O projeto neoliberal é expressão dessa reestruturação política e ideológica conservadora do capital em resposta a perda de rentabilidade e “governabilidade”, que enfrentou durante a década de 1970 (Fiori, apud Soares, 2003), no marco de uma onda longa de crise capitalista (Mandel, 1985). O capital cria as condições históricas necessárias para a generalização de sua lógica de mercantilização universal, submetendo aos seus domínios e objetivos de acumulação o conjunto das relações sociais, a economia, a política, a cultura."

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